A população em idade de trabalhar no Estado passou em 7.313 mil, em 2018, para 7.410 mil em 2019, incremento de 1,33%. Em 2019 estavam fora da força de trabalho 3.224 mil, contra os 3.226 em 2018, redução de -0,06%. De acordo com o autor do trabalho, o analista de Políticas Públicas Daniel Suliano, embora tenha oscilado desde 2018, a Taxa de Atividade do Ceará vem se aproximando da Taxa de Atividade nacional, embora esteja ainda 0,7 ponto percentual abaixo no quarto trimestre de 2019. No quarto trimestre de 2012 essa diferença era de 1,8 ponto percentual. Essa convergência entre a Taxa de Atividade nacional e a Taxa de Atividade cearense ocorre por conta do Bônus Demográfico. No Ceará, o quantitativo dos aptos a trabalhar tem-se expandido mais velozmente que a população total.
Ele informa que a Taxa de Participação do Brasil tem variado de forma marginal ao longo da série histórica, tendo crescido levemente ao longo do ano de 2019. Já no Ceará, oscilações mais intensas têm provocado alterações na Taxa de Participação. Após atingir a mínima de 52,9% no primeiro trimestre de 2016, no ano de 2019 a Taxa de Participação cearense seguiu em alta, tendo atingindo a máxima histórica de 56,5% neste quarto trimestre de 2019. A Taxa de Participação do Brasil encontra-se 5,4 pontos percentuais acima da Taxa de Participação do Ceará, isso no último trimestre de 2019. “Parte dessa diferença pode ser explicada por questões relacionadas as especificidades do Mercado de Trabalho do Estado ou mesmo diferenças de comportamento por conta de incentivos que levem trabalhadores a deixarem a condição de Participação” – observa o Analista de Políticas Públicas do Ipece.
Daniel Suliano explica que benefícios assistenciais e/ou um menor custo de vida local podem estimular trabalhadores a deixar a Força de Trabalho contribuindo para uma menor Taxa de Participação. Se for esse o caso, a renda do domicílio pode estar elevando o salário de reserva das famílias e reduzindo a Taxa de Participação no Mercado de Trabalho cearense com relação ao Mercado de Trabalho nacional. Ele lembra que Adicionalmente, algumas pessoas podem se retirar da Força de Trabalho para se dedicarem com mais afinco aos estudos, algum tipo de treinamento técnico profissional ou entrarem em regime de desalento (desânimo na busca por ocupação).
A Taxa de Participação é diretamente associada ao conceito de Força de Trabalho – ressalta Daniel Suliano, acrescentado que em um ambiente recessivo, os desocupados desistem de procurar trabalho ou, então, outros membros do domicílio entram no Mercado de Trabalho de forma a compensar a perda de renda familiar por conta da desocupação do responsável pelo domicílio. Já em um ambiente de retomada da atividade econômica trabalhadores fora do Mercado de Trabalho tendem a ser incorporar na Força de Trabalho ao seguir na mesma direção dos Ciclo de Negócios. O trabalhador adicional na Taxa de Participação é denominado na literatura econômica de added worker effect (efeito do trabalhador adicional).
A recuperação econômica – finaliza o autor do trabalho – produziu um efeito de elevar paulatinamente a Taxa de Participação cearense ao longo do ano de 2019. Do quarto trimestre de 2018 ao quarto trimestre de 2019, a Força de Trabalho cearense cresceu 2,40%. De forma mais específica, ao longo do ano 98.000 pessoas entraram na Força de Trabalho. Neste mesmo período, o percentual de ocupados cresceu de forma similar ao registrar taxa de 2,39%; os desocupados, por sua vez, apresentaram crescimento de 2,67%.
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FONTE: Assessoria de Imprensa do Ipece
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