A Assembleia Legislativa, por meio do Instituto de Estudos e Pesquisas sobre o Desenvolvimento do Estado do Ceará (Inesp) e parceria com a Comissão de Educação da Casa, lançou a 14° edição do Boletim Inesp. A publicação apresenta os resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB, das redes municipais, 4ª série / 5º ano do Ensino Fundamental, do Brasil, dos estados e dos 184 municípios cearenses, mostrando os resultados de 2005, ano de criação do IDEB, até 2019.
De acordo com o boletim, em 2019 Mucambo foi o município cearense que atingiu o maior índice do IDEB com 9.4 pontos na escala de zero a 10. Em 2017, era apenas o 37º colocado com 6.8. E na primeira edição, em 2005, o município foi o 23º na tabela do boletim com 3.5 na escala. Na segunda colocação, em 2019, com 9.3 pontos ficou o município de Independência. Em 2005, era o 109º com 2.9. O terceiro município com o melhor índice em 2019 no Ceará, foi Milhã com 8.7 pontos. Na primeira edição em que foi avaliado, em 2007, o município era 115º colocado com 3.2 no índice de avaliação do IDEB.
Sobral que havia conquistado o primeiro lugar em todas as edições de 2005 a 2017, no ano passado ficou na sexta colocação com 8.4 pontos do total de 10 da escala.
No outro lado da ponta, os municípios cearenses com os piores índices são: Paramoti, em último lugar entre os 184 municípios pesquisados, com 4.7, Baixio com 4.8 e São Luís do Curu com 4.9. Na primeira edição em 2005, Baixio e Paramoti apareceram empatados na 120ª posição e São Luís do Curu era o 137º colocado.
Já a capital, Fortaleza, que em 2019 aparece na 91ª colocação com 6.2; na primeira edição, em 2005, era a 61ª colocada com 3.2 pontos. Em 2011 foi o ano que Fortaleza atingiu a pior avaliação no IDEB, sendo a 149ª colocada com 4.2.
No IDEB dos Estados, o Ceará foi o terceiro colocado em 2019 com 6.3, empatado com Minas Gerais e Santa Catarina. Ficou atrás apenas de São Paulo e Paraná, que obtiveram 6.5 e 6.4 na escala. Na primeira edição, em 2005, o Ceará conseguiu ficar apenas na 18ª posição com 2.8. Minas Gerais foi o primeiro lugar com 4.6, seguido por São Paulo com 4.5 e Paraná com 4.4.
No Brasil o índice ficou em 5.7 em 2019. Para 2021, a meta é chegar a 6.0 . Na primeira edição, em 2005, o índice foi de 3.8 .
O IDEB é o principal indicador de qualidade do sistema educacional brasileiro e é calculado pelos resultados do fluxo escolar de aprovação (Censo Escolar), das médias de desempenho do Sistema de Avaliação da Educação Básica – SAEB – e da Prova Brasil, avaliações aplicadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC).
O índice é apresentado de forma bienal e os resultados das avaliações, em larga escala, variam de zero a 10, sendo referência da qualidade do Sistema de Educação do Brasil, ao orientar as políticas públicas educacionais e estabelecer metas para o acompanhamento e monitoramento do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE).
Para o Diretor Executivo do Inesp, Joao Milton Cunha, o Instituto vem por meio do Boletim, mais uma vez, reafirmar seu compromisso em contribuir para a efetividade do parlamento cearense. “Assessorar a Assembleia Legislativa por meio de pesquisas, monitoramento e acompanhamento das políticas públicas do Estado é um dos principais eixos de trabalho do Inesp nessa gestão,” afirma João Milton.
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