Numa demonstração de força, os partidos do Centrão – PP, PR, DEM, PRB, Solidariedade – obrigaram na quarta-feira (17/04), o governo a sentar à mesa para negociar mudanças no texto da proposta de reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A estratégia armada pelas lideranças do Centrão é retirar do texto na CCJ apenas os itens que não têm impacto fiscal e deixar os pontos mais sensíveis para “sangrar” o governo na Comissão Especial, fase na qual o conteúdo da proposta é analisado pelos deputados. Entre esses temas que os partidos do Centrão pode pressionar depois para serem retirados, estão Benefício da Prestação continuada (BPC), hoje de um salário mínimo, R$ 998 e na aposentadoria rural.
A votação foi adiada para a próxima terça-feira e está condicionada a mudanças que ainda estão sendo negociadas. Ainda não há acordo fechado, mas o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, já admitiu ceder “com ajustes finos” para que a proposta passe na CCJ. Sem apoio efetivo das lideranças governistas, a linha de defesa da equipe econômica foi evitar desidratar muito a proposta nessa fase. Marinho teve que entrar em campo para tentar consertar o estrago da articulação política.
Fonte: CN
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