22 abril 2019

PSB retoma aposta na candidatura de Joaquim Barbosa para presidente da República

O ex-ministro do STF Joaquim Barbosa Foto: Ueslei Marcelino/Reuters / Reuters
O ex-ministro do STF Joaquim Barbosa Foto: Ueslei Marcelino/Reuters / Reuters

SÃO PAULO - Apesar de ter se decepcionado com a desistência de Joaquim Barbosa em disputar a eleição do ano passado, o PSB voltou a investir na tentativa de construir uma candidatura presidencial do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal. A avaliação é que o ex-ministro pode se tornar uma alternativa para eleitores de centro-esquerda decepcionados com o PT.

No final do mês passado, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, almoçou com Barbosa em Brasília. Siqueira afirma que o objetivo foi convidar Barbosa para integrar o conselho de política internacional da legenda.

— Ele aceitou participar. Nós vamos discutir os grandes temas da conjuntura mundial nesse conselho — disse o presidente do PSB.

De acordo com Siqueira, a legenda quer Barbosa mais atuante na vida partidária.

— É importante incluí-lo nas atividades do partido— afirmou Siqueira.

O ex-ministro do Supremo se filiou ao PSB em abril do ano passado. Por um mês, manteve o suspense sobre a sua candidatura. Ele chegou a aparecer em terceiro lugar nas pesquisas. Mas, no começo de maio, anunciou, pelo Twitter, que não entraria na disputa.

Mesmo após a desistência, Barbosa continuou filiado ao PSB, o que é lido como um sinal de que ele não descarta disputar eleição no futuro.

— Candidatura é uma questão que vai ser discutida no momento oportuno. É muito cedo para tratar disso — declarou Siqueira.

Procurado por meio de sua assessoria, Barbosa informou que não iria se pronunciar.

Sem a candidatura de Barbosa no ano passado, o PSB decidiu liberar o partido nos estados para apoiar o presidenciável que fosse mais conveniente para os interesses locais. Barbosa não se envolveu na campanha presidencial e só declarou o seu voto no segundo turno. Na véspera do dia da votação, postou no Twitter apoio a Fernando Haddad (PT) porque Jair Bolsonaro lhe “inspirava medo”.


Fonte: O Globo

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