18 dezembro 2019

Ceará trabalha para acelerar desenvolvimento econômico, diminuindo desigualdades sociais


Investimentos em infraestrutura e capital humano, além da logística e localização geográfica privilegiada, estão tornando o Ceará competitivo e atraindo investidores

O Governo do Ceará trabalha para elevar a participação do Estado na riqueza nacional nas próximas três décadas. A meta é alcançar 4% do PIB brasileiro, número compatível com o tamanho da população cearense em relação ao Brasil. Para isso, o projeto Ceará Veloz está em ação, envolvendo consultas públicas e análises técnicas; e convergindo para o objetivo de desenvolver o estado, diminuindo disparidades regionais, sociais e reduzindo a pobreza.

Progressos em educação pública, a consolidação de uma infraestrutura bem planejada e uma gestão eficiente estão permitindo que o Ceará alcance bons resultados. “Estamos prontos para crescer. Em áreas essenciais, há condições muito favoráveis em relação há 30 anos para que o estado evolua de forma rápida”, observa o secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Francisco de Queiróz Maia Júnior.

Os investimentos contínuos do Ceará em infraestrutura (rodovias, portos, energia, abastecimento hídrico e aeroportos) e capital humano, além da sua logística competente e localização geográfica privilegiada em relação aos principais mercados internacionais, estão despertando a atenção dos investidores.

E esse processo, segundo dados recentes do IBGE, já está em curso: a participação média do Ceará no PIB nacional, historicamente estacionada, em 2%, subiu para 2,25%. E nos últimos 15 anos, o estado vem crescendo 0,6% acima do PIB nacional.

Potencial do Ceará

Na avaliação do secretário Maia Júnior, o Ceará é hoje base importante de investimentos de grandes empresas nacionais e internacionais, num ambiente em que investidores já não vislumbram apenas os incentivos fiscais na hora de decidir negócios. Também observam com atenção as facilidades para simplificar a abertura de negócios, tornar menos burocrática e transparente a gestão pública, e apostar num governo digital. E isso já está sendo assimilado no setor empresarial.

“Em duas décadas, por exemplo, o aeroporto internacional de Fortaleza, projetado para receber 2,5 milhões de passageiros/ano – e que foi assumido pela operadora alemã Fraport – já trabalha para receber mais de 7 milhões de pessoas em 2020”, observa o secretário. Nesse mesmo período, acrescenta Maia Júnior, o Porto do Pecém, recebeu três ampliações e hoje – associado ao Porto de Roterdã (o maior da Europa) – pode movimentar 28 milhões de toneladas por ano.

O Ceará também conta com outros diferenciais na área de desenvolvimento econômico, como a primeira (e única) Zona de Processamento de Exportações (ZPE) em operação no País. E o segundo maior entroncamento de fibras óticas do mundo, com conexões para África, Europa, Estados Unidos e o Mercosul, abrigando empresas vinculadas à Century Link, Angola Cables, por exemplo.

Os avanços que estão sendo consolidados no Ceará despertam atenção de lideranças empresariais, políticas e do setor acadêmico. “Querem saber com um estado pobre está conseguindo avançar até em meio a crises nacionais”, comenta Maia Júnior.

Atração e consolidação de negócios

O Ceará foi o estado que mais investiu no País em relação à Receita Corrente Liquida (RCL). E em setores como o turismo ou geração de energias renováveis o estado cresce bem acima da média. O resultado é a confiança do empresariado.

A espanhola Jaelsa, grande empresa internacional do setor de pescados, está investindo em nova planta industrial e distribuição no Ceará. “Encontramos no Ceará condições ímpares para produção de novas conservas e pescados”, afirma Jesus Alonso, presidente do grupo. “Contamos com excelente infraestrutura no porto cearense do Pecém, o que favorece a logística das nossas operações de exportação, importação e cabotagem. Um conjunto de fatores que faz do Ceará nossa principal âncora no Brasil”, acrescenta Alonso.

“O Ceará apresenta um cenário positivo para a geração de negócios”, concorda Rogério Zampronha, presidente para América do Sul do Grupo Vestas – um dos líderes mundiais na fabricação de produtos voltados para a geração de energia eólica. Ele diz que “a proximidade com o Porto do Pecém e a mão de obra qualificada contribuem para que a produtividade alcance um patamar similar às operações em países como a Dinamarca, onde está localizada nossa sede global”.

Crescer com equilíbrio social

A plataforma Ceará Veloz contou com consultorias nacionais e internacionais, a colaboração da sociedade civil e uma base sólida de reflexões patrocinada pela Federação da Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), chegando à conclusão que o Ceará deve priorizar onze “clusters” econômicos para avançar de forma ainda mais dinâmica.

Essa lista inclui a cadeia produtiva da saúde, de energias renováveis, rede de segurança hídrica, polo de inovação em tecnologia da inovação e comunicação (TIC), têxteis e calçados, agronegócio e logística. Também estão contemplados os “hubs” portuário, aeroportuário e tecnológico, bem como os segmentos da economia do mar, turismo e economia criativa.

Na avaliação do Governo do Ceará, esses são os caminhos para acelerar o crescimento econômico, gerar mais empregos, melhorar a distribuição de renda e conectar o estado com tendências mundiais no que se refere ao desenvolvimento socioeconômico.

*ceara.gov.br

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