20 dezembro 2019

Realizada primeira captação de sangue de cordão umbilical no HRN



Nascida há pouco mais de um dia na maternidade do Hospital Regional Norte (HRN), do Governo do Ceará, Maria Alice já é uma heroína. A mãe da criança, a dona de casa Tamara Maria Gomes Lima (27), decidiu doar o sangue umbilical e placentário durante o parto. Esta foi a primeira captação no HRN, com apoio de uma equipe do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce). A esperança é de que a doação possa salvar a vida de Kauã (5), filho mais velho de Tamara.

Tamara conta que o filho Kauã faz tratamento para leucemia. Os médicos explicaram que um irmão teria mais chances de ser um doador compatível. “Quando eu descobri que estava grávida, perguntei se seria possível a doação e fiz a solicitação da coleta na hora do parto. É uma esperança para a cura do meu filho”, destaca. A doação foi viabilizada entre o hospital e o Hemoce logo após o parto. A paciente tem anemia e chegou a ter um sangramento forte na 35ª semana de gestação. Na ocasião, ela foi internada no HRN e foi programada sua cesariana para a 38ª semana de gestação. “Minha bebê nasceu saudável”, completa.

A coordenadora médica do serviço de obstetrícia do HRN, Eveline Valeriano Moura, explica que o sangue retirado da placenta e do cordão umbilical tem um potencial de recolhimento de células-tronco inclusive superior à doação de medula óssea. O sangue do cordão umbilical do recém-nascido é rico em células-tronco, que são capazes de se diferenciar nos diversos tipos de células do sangue. Além disso, após o nascimento, a placenta e o sangue do cordão umbilical seriam descartados como rotina.

O sangue que resta na placenta e no cordão umbilical é extremamente rico em células jovens, imaturas que possuem a capacidade de dar origem a todas as células do sangue. Estas células são chamadas de células precursoras da linhagem hematopoiética. Devido à imaturidade destas células, não necessitam ser totalmente compatíveis com o paciente como no caso da medula óssea, sendo baixa a possibilidade de rejeição.
Como é feita a coleta

A coleta do sangue do cordão ocorre logo após o nascimento do bebê, durante o período chamado de dequitação placentária. Neste período, a criança já foi para os primeiros cuidados com o pediatra e o médico está aguardando a saída da placenta do organismo materno.

A enfermeira responsável pela coleta punciona a veia do cordão umbilical, que é a continuação da placenta e se encontra do lado de fora do corpo da mãe. Ela irá esperar que o sangue entre na bolsa de coleta, terminando o procedimento quando o sangue parar de fluir ou a placenta terminar de sair do organismo. A coleta não interfere no trabalho de parto. São coletados exames de sangue da doadora para investigar doenças infecto-contagiosas (Chagas, sífilis, HIV, hepatites, etc). Com todos os resultados normais, a bolsa pode ser liberada para transplante quando necessário.
Nascida há pouco mais de um dia na maternidade do Hospital Regional Norte (HRN), do Governo do Ceará, Maria Alice já é uma heroína. A mãe da criança, a dona de casa Tamara Maria Gomes Lima (27), decidiu doar o sangue umbilical e placentário durante o parto. Esta foi a primeira captação no HRN, com apoio de uma equipe do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (Hemoce). A esperança é de que a doação possa salvar a vida de Kauã (5), filho mais velho de Tamara.
Tamara conta que o filho Kauã faz tratamento para leucemia. Os médicos explicaram que um irmão teria mais chances de ser um doador compatível. “Quando eu descobri que estava grávida, perguntei se seria possível a doação e fiz a solicitação da coleta na hora do parto. É uma esperança para a cura do meu filho”, destaca. A doação foi viabilizada entre o hospital e o Hemoce logo após o parto. A paciente tem anemia e chegou a ter um sangramento forte na 35ª semana de gestação. Na ocasião, ela foi internada no HRN e foi programada sua cesariana para a 38ª semana de gestação. “Minha bebê nasceu saudável”, completa.
A coordenadora médica do serviço de obstetrícia do HRN, Eveline Valeriano Moura, explica que o sangue retirado da placenta e do cordão umbilical tem um potencial de recolhimento de células-tronco inclusive superior à doação de medula óssea. O sangue do cordão umbilical do recém-nascido é rico em células-tronco, que são capazes de se diferenciar nos diversos tipos de células do sangue. Além disso, após o nascimento, a placenta e o sangue do cordão umbilical seriam descartados como rotina.
O sangue que resta na placenta e no cordão umbilical é extremamente rico em células jovens, imaturas que possuem a capacidade de dar origem a todas as células do sangue. Estas células são chamadas de células precursoras da linhagem hematopoiética. Devido à imaturidade destas células, não necessitam ser totalmente compatíveis com o paciente como  no caso da medula óssea, sendo baixa a possibilidade de rejeição.

Como é feita a coleta

A coleta do sangue do cordão ocorre logo após o nascimento do bebê, durante o período chamado de dequitação placentária. Neste período, a criança já foi para os primeiros cuidados com o pediatra e o médico está aguardando a saída da placenta do organismo materno.

A enfermeira responsável pela coleta punciona a veia do cordão umbilical, que é a continuação da placenta e se encontra do lado de fora do corpo da mãe. Ela irá esperar que o sangue entre na bolsa de coleta, terminando o procedimento quando o sangue parar de fluir ou a placenta terminar de sair do organismo. A coleta não interfere no trabalho de parto. São coletados exames de sangue da doadora para investigar doenças infecto-contagiosas (Chagas, sífilis, HIV, hepatites, etc). Com todos os resultados normais, a bolsa pode ser liberada para transplante quando necessário.

*Saúde.ce.gov

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