O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), se reuniu com 54 prefeitos cearenses e representantes de outros cinco municípios (vice-prefeitos e secretários) para tratar dos encaminhamentos que deve realizar em seu final de mandato no Congresso. O encontro aconteceu nessa sexta-feira (23) na sede da Associação dos Municípios do Estado do Ceará (Aprece), na capital.
Em pauta, a retomada de obras como o Cinturão das Águas, a Linha Leste do metrô de Fortaleza e a barragem Lago de Fronteiras, em Crateús, além de demandas específicas levadas pelos gestores. “Tem prefeito aqui com obra iniciada, adutoras, hospitais, postos de saúde, estradas. Há vários projetos em andamento, e eu quero deixar tudo organizado, arrumadinho dentro do orçamento, para que em 2019 ninguém tenha nenhum tipo de obra paralisada”, afirmou.
O senador garantiu que só coloca em votação o projeto que trata do megaleilão dos excedentes do regime de cessão onerosa do pré-sal se houver uma partilha justa dos recursos, que podem chegar a R$ 150 milhões. "O projeto não é importante apenas para Brasília, tem que ser importante para todos os estados e municípios brasileiros. Se eu aprovar, é porque está sendo partilhado com os estados e municípios aos moldes do FPE e do FPM", garantiu.
O assunto tem ensejado aproximação entre o parlamentar e a equipe de transição do Governo Federal, que tem no projeto uma de suas prioridades para o final desta legislatura. Se o primeiro encontro entre Eunício e o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, foi sucedido por críticas do emebista ao pouco conhecimento do economista sobre a máquina pública, agora o tom já é outro.
“Encontrei do ministro Paulo Guedes, para ser justo, uma certa facilidade no entendimento nesse caminho. Então a aprovação depende da finalização desse entendimento. No primeiro momento foi, assim, uma espécie de choque. Já no segundo encontro, que foi um almoço, depois em um outro almoço e mais recentemente em um jantar, nós avançamos muito nessa questão”, disse o senador.
Impasse
Eunício Oliveira voltou a repercutir a polêmica envolvendo o impasse na liberação do empréstimo de US$ 150 milhões do Banco Mundial para o programa “Fortaleza cidade sustentável”, da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente. O senador chamou de “mentira” e “fake news” as alegações do prefeito Roberto Cláudio e aliados de que ele, por retaliação a uma suposta falta de apoio do prefeito em sua campanha na capital, estaria sabotando o processo.
Eunício afirmou que desconhece o responsável por fazer o projeto retornar à Casa Civil da Presidência da República, um passo atrás nos trâmites para liberação do crédito. “Eu não cuido disso. Porque desde o dia 20 de julho eu não cuido desse projeto. Cuidei de todos os outros. Esse honestamente eu não fui atrás dele de porta em porta, porque não consegui falar com o prefeito desde o dia 20 de julho, quando ele fez o compromisso político e não cumpriu. Se escondeu pra não falar comigo”, finalizou
Fonte: Andarilho da Notícia
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