24 março 2020

Os números definem o sucesso da sua empresa


Apurar diariamente os números de uma empresa não se trata mais de um mero capricho ou muito menos de uma obsessão, mas da garantia de sobrevivência no mercado. Isto tornou-se, definitivamente, em uma ferramenta de gestão. O controle dos números da empresa em um mundo já globalizado, no qual as margens de lucro são cada vez menores e o sucesso empresarial depende da tomada de decisões corretas e, necessariamente, lastreadas em levantamentos de dados pretéritos, permite ao gestor planejar o futuro de curto e longo prazo da sua empresa.

Quando os resultados de uma operação não são medidos, dificilmente, ela é gerida com eficiência e com informações relevantes sobre as falhas surgidas, suas possíveis causas e o que pode ser feito para mitigá-las. Do exposto, só nos resta fazer uma pergunta: como deve ser feito este acompanhamento? Fácil. Inicia-se com a identificação dos indicadores a serem medidos: seja o tempo de entrega dos produtos, lead time, os níveis de estoque, o volume de vendas etc. Ou seja, fica ao critério do empresário ou do controlador escolher os números. Depois, cria-se mecanismos que transformem dados em informações e estas últimas, em conhecimento, da mesma forma como se utiliza um termômetro.

Ao se verificar a temperatura corporal de um determinado indivíduo, constatando-se 38º graus, temos um dado, mas sabe-se que 37,5º graus é a temperatura normal do corpo humano. Agora, temos uma informação, ou seja, a temperatura do indivíduo está alta. Compulsando-se os livros de Medicina, verifica-se que 38º graus de temperatura define o que os médicos chamam de febre. Assim, foi gerado o conhecimento. Da mesma forma, acontece nas empresas, seja no estabelecimento de novas estratégias ou no aperfeiçoamento dos processos logísticos. A dinâmica deve ser a mesma, por meio de séries históricas de dados, levantadas e consolidadas em tabelas e gráficos, gera-se o conhecimento.

Ferramentas importantes podem ser usadas nestes processos, como exemplo, temos a Estatística, cada vez mais presente nos escritórios. É mola mestre na definição de metodologias de acompanhamento dos números e da fixação de tendências. Ela permite o desenvolvimento de modelos de gestão que serão aplicados nas diversas atividades da empresa. Métodos matemáticos, como os mínimos quadrados ou as distribuições de frequências, permitem no primeiro que a partir de gráficos de dispersão o gestor dê um norte às curvas de desempenho e estabeleçam equações para inferir resultados futuros; e, no segundo, não menos importante, que se calculem as probabilidades de certos eventos ocorrerem em determinado momento.

A contabilidade e as suas técnicas ganham enorme importância neste processo, à medida que indicadores como ponto de equilíbrio, índices de liquidez, endividamento, rentabilidade e outros são calculados. E a ciência econômica que tem dado a sua decisiva contribuição, quando permite que se calcule a elasticidade da demanda e outros indicadores. É com a junção de metodologias testadas e com o uso de ferramentas que o gestor pode construir o seu modelo de gestão que permita a consolidação, em um único ambiente, das principais informações da empresa. São elas que permitem ao empresário tomar as decisões corretas. É como um Enterprise Resource Planning (ERP), baseado no trinômio: consolidação – análise – decisão. É inegável a importância do levantamento e o tratamento dos números da empresa, permitindo assim que o gestor corrija rumos e conduza a empresa ao sucesso.

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Prof. Uilton Luiz Soares Feitosa

Professor do Curso de Logística da UniAteneu

Economista e especialista em Gestão Pública e Negociação

Fonte: Blog do Tidi

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