30 março 2020

Artigo | Como montar uma startup


Nestes novos tempos em que se fala bastante sobre inovação, o termo startup é muito utilizado no ambiente de negócios, principalmente, entre os jovens que buscam alternativas de carreira ou pretendem empreender com inovação. Antes de abordar o processo de montagem de uma startup, é importante entender o conceito que está por trás da sua definição. Há muitos conceitos sobre startups e todos convergem para a fase inicial de uma empresa. Segundo a Associação Brasileira de Startups, o termo é utilizado para definir “empresas em fase inicial que desenvolvem produtos ou serviços inovadores, com potencial de rápido de crescimento”. O investidor anjo Yuri Gitahy defini startup como sendo um “grupo de pessoas trabalhando com uma ideia diferente que, aparentemente, poderia fazer dinheiro”.

Desse modo, podemos afirmar que startup é o termo utilizado para denominar empreendimentos inovadores na sua fase inicial, até mesmo antes do negócio ser registrado como uma empresa no CNPJ, pronta para faturamento no mercado. Vale ressaltar que não se denomina de startup os novos empreendimentos de setores tradicionais da economia, como por exemplo, um novo supermercado comum a ser montado na cidade. Outra questão que precisa ser esclarecida diz respeito às áreas de atuação das startups, pois, muitos pensam que são negócios inovadores ligados à Internet, como aplicativos e softwares. No entanto, isso não é verdade. As startups podem surgir no agrobusiness, nos setores de transporte, biotecnologia, segurança, inclusive, conectados à Internet.

O processo de montagem de uma startup inicia-se com a ideia, seja para explorar bens ou serviços, desde que esta ideia incorpore a inovação como diferencial competitivo. Primeiramente, as pessoas se reúnem em torno da ideia inovadora, avaliam os riscos envolvidos e, caso acreditem nela, trabalham no seu desenvolvimento até o produto ficar pronto para ir ao mercado. A etapa de legalização em si é igual a qualquer outra empresa, precisa seguir os procedimentos pertinentes à área do negócio, como conseguir registros e alvarás de funcionamento, e os empreendedores devem fazê-la no momento oportuno, ou seja, quando a empresa precisar do CNPJ para captar recursos ou para comercializar bens ou serviços com a sociedade.

Durante o desenvolvimento da ideia, é importante que se faça a validação da ideia para verificar a sua aceitação perante o público-alvo. Mesmo com um plano de negócio bem estruturado, ideias inovadoras necessitam de algo mais, precisam ser testadas para reduzir os riscos inerentes à inovação. Algumas ferramentas para modelagem de negócios, como o Canvas, auxiliam bastante os empreendedores na validação de suas ideias e servem de argumento para a captação de recursos com investidores anjos ou fundos de investimento.

Para finalizar, as pessoas que decidem montar um negócio inovador, ou seja, uma startup, precisam conhecer as instituições públicas e privadas de apoio ao desenvolvimento de novas tecnologias, como: bancos e agências de fomento governamentais, universidades, incubadoras de empresas, aceleradoras, investidores anjos e outros atores envolvidos com a inovação, que possam aportar capital semente para viabilizar financeiramente as suas ideias.

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Prof. Paulo Roberto Martins Grangeiro
Professor do Curso de Logística da UniAteneu
Mestrando em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação


*blog do tidi

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