O governo brasileiro introduziu nas escolas públicas do País a merenda escolar, durante os anos 60, como forma de amenizar a fome. A merenda era, muitas vezes, a primeira e mais importante alimentação do dia para as crianças.
Era fruta ou uma abacatada, bananada, vitamina de mamão, sempre com pão, bolacha ou biscoito. Com o aumento das crianças matriculadas e mais verbas, foi possível melhorar a merenda, introduzindo proteínas, como carne de gado, peixe e frango. A evolução da merenda como reforço nutricional garantiu que as crianças chegassem na escola, recebessem a primeira refeição e, depois, mais uma alimentação, antes de voltarem para suas casas. A merenda fez com que a evasão escolar diminuísse. Famílias carentes precisavam manter as crianças na escola pra garantir que se alimentassem. Esse é o retrato de um país pobre, marcado por desigualdades, onde a sede de saber se confunde com a necessidade de comer.
A garantia da merenda segue o baile político. Alguns governos priorizam, outros nem tanto. O repasse da verba estava defasado, há bastante tempo. Agora, com a correção, é possível equilibrar o caixa.
É importante considerar as iniciativas que visam melhorar a merenda em qualidade e quantidade para combater a desnutrição e gerar uma população que consome calorias, vitaminas e nutrientes capazes de garantir qualidade de vida. O reajuste de 39% fará muito bem ao cardápio e às crianças.
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