mandato do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) por quebra de decoro
parlamentar após fazer discurso considerado transfóbico. O pedido foi apresentado ao
presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira (PP-AL), e ao Conselho de Ética.
De acordo com os partidos, o discurso de Nikolas Ferreira foi “flagrantemente
De acordo com os partidos, o discurso de Nikolas Ferreira foi “flagrantemente
discriminatório e transfóbico”. Ao falar na tribuna da Câmara, no dia 8 de março, o
deputado vestiu uma peruca amarela e disse que “se sentia uma mulher” no Dia
Internacional da Mulher e afirmou que “as mulheres estão perdendo seu espaço para
homens que se sentem mulheres”.
“Como é possível depreender da fala do deputado, o conteúdo de seu discurso tem
“Como é possível depreender da fala do deputado, o conteúdo de seu discurso tem
caráter ofensivo e criminoso, uma vez que direcionado a manifestar discriminação e
ridicularizar pessoas trans e travestis”, afirmam os partidos no documento.
Os partidos argumentam que "vozes dissonantes, ideologias divergentes entre si,
Os partidos argumentam que "vozes dissonantes, ideologias divergentes entre si,
expressando-se muitas vezes com debates acalorados, fazem parte do Estado
Democrático de Direito e da vida parlamentar na Câmara dos Deputados". "Entretanto,
a declaração do Deputado Federal Nikolas Ferreira é extremamente grave e atenta
contra a ordem jurídica e social fixada pela Constituição Federal; descumpre os deveres
postos no CEDP da Câmara dos Deputados; agride o disposto em diversos tratados e
acordos internacionais que o país se comprometeu a observar; e desborda, ainda, em
ilicitude penalmente tipificada. Sua prática, por conseguinte, é inconstitucional, ilegal
e não compatível com a ética e o decoro parlamentar", acrescentam.
Nessa quinta-feira (9), associações representativas da comunidade LGBTQIA+ e 14
Nessa quinta-feira (9), associações representativas da comunidade LGBTQIA+ e 14
parlamentares ingressaram no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma notícia-crime
para que o deputado seja investigado por transfobia. O Ministério Público Federal
também acionou a Câmara dos Deputados para que apure se o discurso do deputado
foi uma violação ética.
Nas redes sociais, o deputado Nikolas Ferreira nega ter feito discurso transfóbico.
Nas redes sociais, o deputado Nikolas Ferreira nega ter feito discurso transfóbico.
“Defendi o direito das mulheres de não perderem seu espaço nos esportes para
trans - visto a diferença biológica - e de não ter um homem no banheiro feminino.
Não há transfobia em minha fala. Elucidei o exemplo com uma peruca (chocante).
O que passar disso é histeria e narrativa”.
Desde 2019, a transfobia foi equiparada ao crime de racismo no país e passou a ser
Desde 2019, a transfobia foi equiparada ao crime de racismo no país e passou a ser
tratada como crime hediondo.
*Agência Brasil.
Edição: Carolina Pimentel
*Agência Brasil.
Edição: Carolina Pimentel
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