13 março 2023

Luizianne apresenta PL que institui protocolo para atendimento a vítimas de violência sexual em espaços de lazer

                       

A deputada federal Luizianne Lins (PT/CE) apresentou à Câmara, 

nesta quinta-feira, 09/03, o Projeto de Lei (PL) nº 999/2023, que 

institui o Protocolo Nacional de Segurança e Acolhimento às 

Vítimas de Violência Sexual em locais de entretenimento e lazer, 

públicos e privados. Este protocolo visa à prevenção e ao 

enfrentamento de crimes sexuais e demais atos praticados no 

contexto da violência contra a mulher.


O PL prevê que o referido protocolo determina condutas que 

devem se orientar pelos princípios do acolhimento prioritário à 

vítima, o respeito às suas decisões, a imediata reprovação da 

atitude do agressor, a cooperação entre estabelecimento e 

autoridades responsáveis e o rigor com o recolhimento e 

preservação das informações, indícios e provas. Além disso, o 

protocolo deve ser estruturado em três eixos: ações de prevenção; 

instruções para identificação de casos de violação; e instruções 

sobre como lidar com os casos.


Importante ressaltar que os espaços públicos e privados de lazer, 

como casas noturnas, festas, festivais de arte, shows, museus, 

teatros, bares e outros devem contar com espaço reservado para 

atendimento às vítimas em situação de risco ou violência sexual. 

De acordo com a justificativa do PL, o protocolo a ser 

implementado em todo o Brasil está em sintonia com iniciativas 

já existentes em outros países, principalmente a Espanha. 


“É sabido que é dentro de casa que ocorrem o maior número de 

crimes de cunho sexual. Porém, os ambientes do tipo casas 

noturnas e as festas privadas têm se tornado espaços de crescente 

prática de violência contra a dignidade sexual das mulheres, com 

dois terços das brasileiras já tendo sofrido algum tipo de assédio 

nesses locais”, justifica o PL. E, em se tratando de estabelecimentos 

voltados à diversão, as agressões terminam não sendo identificadas e devidamente tratadas, sobretudo alimentando preconceitos e 

estereotipando as vítimas frequentadoras, causando revitimização, 

aumentando o sofrimento, facilitando a impunidade e, muitas 

vezes, impedindo a identificação e coleta das provas que 

possibilitam a responsabilização dos agressores.

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