“Do mesmo jeito que esse choque é violento, em uma onda que bate o impacto em dois ou três meses, precisamos injetar R$ 150 bilhões para dar o contrachoque”, disse o ministro em entrevista.
Serão destinados R$ 83,4 bilhões para a população mais vulnerável e outros R$ 59,4 bilhões para manutenção de empregos.
As principais medidas impactam as empresas para desonerar seus custos: por três meses elas não precisarão depositar as parcelas mensais do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos funcionários, com um impacto de R$ 30 bilhões.
A União também não cobrará por três meses sua fatia no Simples Nacional, com impacto de R$ 22,2 bilhões. Haverá, ainda, redução de 50% nos repasses das empresas ao Sistema S, com impacto previsto de R$ 2,2 bilhões.
Além disso, será facilitado desembaraço de insumos e matérias primas industriais importadas antes do desembarque.
Guedes definiu ainda três reformas estruturais consideradas por ele como essenciais para ajudar no combate à crise econômica causada pelo avanço do novo coronavírus. O ministro destacou os seguintes projetos: Pacto Federativo, o PL da Petrobras e o Plano Mansueto, que prevê um pacote de ajuda aos estados.
Na fala, Guedes comentou que o atual “desentendimento político” tem agravado a crise.
O ministro da Economia se reuniu na tarde desta segunda-feira com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). A reunião contou com participação do presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci.
As medidas foram anunciadas no âmbito do grupo de monitoramento dos impactos econômicos da pandemia de Covid-19.
Na semana passada, foram apresentadas uma série de medidas. Entre as ações, está a antecipação do pagamento da metade do 13º salário a aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); e a suspensão da prova de vida dos beneficiários.
Impacto na economia
Em um cenário de tensão nos mercados globais, o dólar fechou o dia com novo recorde nominal e se estabeleceu acima dos R$ 5, cotado a R$ 5,0523. A bolsa fechou a 71,1 mil pontos, com queda de 13,92%.
O Banco Central (BC) diminuiu a estimativa de crescimento da economia brasileira deste ano de 1,99% para 1,68%, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo relatório Focus.
*Metrópoles
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