09 fevereiro 2023

Vereadores de Fortaleza criticam reforma administrativa e novo pacote econômico propostos pelo Governo

         

A sessão ordinária da Câmara Municipal de Fortaleza desta 

quarta-feira (08) foi marcada pela repercussão do pacote 

econômico e da reforma administrativa anunciadas pelo 

governador Elmano de Freitas (PT-CE). Entre as medidas, 

estão a criação de novas secretárias, a elevação de alíquota

 do ICMS e a redução de benefícios fiscais. A proposta deve

 ser apreciada pelos deputados estaduais nos próximos dias.


Já no pequeno expediente, Lúcio Bruno (PDT) argumentou 

que, embora o Governo preveja cortes de R$ 300 milhões 

nos gastos públicos, a reforma administrativa cria 12 novas 

secretárias e sete assessorias especiais, que deverão impactar

 o orçamento do Estado, além do aumento do ICMS em 2%.


Danilo Lopes (Avante) concordou com o parlamentar. “A 

gente lê com bastante tristeza esse aumento de ICMS que 

está vindo para o bolso do consumido e de quem emprega, 

que são os comerciantes do Estado. A gente pede que dentro

 da Assembleia os deputados enxerguem o que pode acontecer

 quando se vota o aumento de um tributo”, considerou.


Para o vereador Pedro Matos (PL), as medidas deverão 

impactar as contas do Estado. "O que a gente esperava era 

enxugar a máquina pública e reduzir os gastos e custos com

 o Governo. Ele está fazendo o contrário”, argumentou.


Jorge Pinheiro (PSDB) cobrou explicações mais detalhadas 

sobre o pacote com o objetivo de saber se as mudanças devem,

 de fato, cortar gastos e não onerar ainda mais as contas do 

Estado. "A gente precisa ver medidas que de fato cortem 

gastos. Reforma administrativa para criar mais secretarias 

é um absurdo”, reforçou.


No grande expediente, o vereador Julierme Sena (União 

Brasil) também criticou o aumento na carga tributária e o 

pedido de autorização para empréstico no valor de R$ 900 

milhões para saldar dívidas antigas do Estado. "O povo 

cearense estava esperando nas suas primeiras ações a redução

 de impostos, de gastos supérfluos, gerar emprego e renda, 

mas não um aumento na carga tributária", pontuou.


Quem também criticou a proposta foi a vereadora Priscila 

Costa (PL), enfatizando a volta do imposto sobre os 

combustíveis, que, segundo ela, foi uma conquista do Governo

 Bolsonaro. "É gasolina mais cara para o pobre o que acarreta

 nos produtos alimentícios tornando a comida mais cara para 

o pobre. Nessa medida, ele retira incentivos das indústrias e 

elas saem do estado é menos emprego para os pobres, assim

 como a energia mais cara para o pobre. E agora ele quer 

aumentar a máquina pública para quem pagar?", questionou.


O conjunto de medidas apresentadas pelo governador Elmano

 de Freitas começou a tramitar na última terça-feira (07) na 

Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), sem apreciação 

em regime de urgência.

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