O consumidor de Fortaleza inicia o ano confiante na economia.
É o que mostra a primeira pesquisa Índice de Confiança do
Consumidor (ICC) de 2023. Segundo o levantamento, houve
um crescimento de 8,0% no bimestre janeiro/fevereiro de 2023,
passando de 118,2 pontos no último bimestre, para
127,6 pontos na medição atual. O resultado aponta uma
melhora significativa da percepção do ambiente econômico
e pode levar a uma maior demanda por bens de produtos
duráveis nas liquidações típicas do início de ano.
A variação do ICC decorreu do incremento combinado dos
seus dois componentes, sendo que o Índice de Situação
Presente (ISP) aumentou 16,5%, passando de 93,2 pontos
no período novembro/dezembro, para 108,5 pontos nesta
edição. Já o Índice de Situação Futura (IEF), que passou
de 134,9 pontos no último bimestre para 140,4 pontos
agora, a ampliação foi de 4,1%.
A pesquisa aponta ainda que esta é a primeira vez, desde
março de 2020, que o ISP ultrapassa o patamar de
100,0 pontos, que demonstra otimismo por parte do
consumidor, ou seja, desde o início da pandemia do
Covid-19. Naquela oportunidade, o ISP foi de 110,4 pontos.
Expectativa dos consumidores
O ano começa com crescimento da procura por bens de
consumo duráveis, com 48,3% dos entrevistados afirmando
um bom ou ótimo momento para a compra de bens duráveis
(o indicador foi de 34,6% no bimestre novembro/dezembro
de 2022).
O perfil do consumidor que irá às compras mostra predomínio
do grupo de sexo feminino (50,2% de resposta afirmativa),
do estrato com idade acima dos 35 anos (49,2%) e do
agrupamento com renda familiar acima de dez
salários-mínimos (54,3%).
O estudo também mostra que 71,4% dos consumidores de
Fortaleza consideram que sua situação financeira atual
está melhor ou muito melhor do que há um ano. Já as
expectativas com o futuro se mostram mais otimistas,
com 89,7% dos entrevistados acreditando que sua situação
financeira futura será melhor ou muito melhor do que a atual.
Sobre a percepção do ambiente econômico nacional,
78,0% dos consumidores entrevistados acreditam em
melhoria no cenário nos próximos doze meses, resultado
superior ao observado no bimestre novembro/dezembro
de 2022, de 73,6%.
Pretensão de compra
Apesar da melhoria no nível de confiança, a taxa de
pretensão de compra teve redução de 7,9 pontos percentuais,
passando de 50,5% no bimestre encerrado em dezembro
de 2022, para 42,6% no bimestre janeiro/fevereiro de 2023.
A queda decorre da sazonalidade típica do início do ano,
com o consumidor ajustando seu orçamento para as
despesas anuais, tais como a compra de material escolar
e o pagamento de impostos sobre veículos e imóveis.
A maior propensão ao consumo se encontra nos grupos
masculino (43,3%), com faixa etária entre 18 e 24 anos
(52,9%) e com renda familiar mensal superior a dez
salários-mínimos (43,0%). A lista dos itens mais procurados
se concentra em bens de consumo duráveis, com o
consumidor em busca de liquidações.
1-Móveis e artigos de decoração citados por 17,4% ;
2-Geladeiras e refrigeradores (16,2%);
3-Televisores (15,9%);
4-Artigos de vestuário (13,6%);
5-Fogão (9,7%); e
6-Máquina de lavar roupa (9,3%).
O valor médio das compras é estimado em R$ 643,63 e o
potencial de consumo mostra-se mais elevado para o
grupo de consumidores do sexo masculino (R$ 662,72),
com idade acima dos 35 anos (R$ 662,79) e do estrato
com renda familiar entre cinco e dez salários-mínimos
(R$ 658,54).
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